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MANIFESTO EMPREENDEDOR
Um espectro ronda as universidades: o espectro do empreendedorismo. Todos os poderes da velha academia uniram-se numa cômica aliança para conjurá-lo: o fetiche do diploma, o fetiche da carreira, o fetiche do concurso público, os patrulheiros da esquerda-pinóquio, os burocratas do Ministério da Inculcação e, além deles, Perpétua Batista, Nazaré Tedesco, Laurinha Albuquerque Figueiroa, Odete Roitman, Odorico Paraguaçu, Félix Coury, Satan Goss, Gargamel, Adolf Hitler, etc.
¿Que pipoqueiro ou sacoleiro já não foi chamado de empreendedor por seus adversários? ¿Que empreendedor, por sua vez, já não lançou contra seus concorrentes da economia formal ou informal a alcunha infamante de microempresário?
Duas conclusões decorrem desses fatos: 1) o empreendedorismo já é reconhecido como uma força criativa por todas as potências da confraria-do-pistolão; e 2) é tempo, portanto, d' os empreendedores exibirem, à face do mundo inteiro, seus objetivos e sua visão-de-mundo, opondo um manifesto próprio à lenda do espectro do empreendedorismo.​
Com este intuito, reuniram-se na blogosfera microempresários e empreendedores de vários matizes & jaezes e redigiram o seguinte manifesto, que será pùblicado nesse idioma em que o Fernando escreve.
Este país foi destruído por uma òrganização criminosa capilarmente entranhada nos poderes da República, na mídia, nas instituições de ensino & pesquisa e na sociedade civil dita òrganizada. Em poucas palavras, este país, como projeto viável de civilização & sociedade, acabou! O último que sair, apague a luz..
Os jovens deste suposto país seguem trêmulos de tesão & temor três fetiches atávicos: o fetiche diploma é o primeiro, o qual conduz aos outros dois fetiches: o concurso público e, alternativamente, a carreira numa "firma-de-marca".
Não acrèditamos (na verdade, tememos) que o Estado possa inchar o-bastante para contemplar todos os fetichistas do serviço público. Nem o mais libidinoso estatista espera por isto. As "firmas-de-marca", por sua vez, respondem por uma porcentagem ridícula dos postos-de-trabalho que ainda são criados no Brasil. Esta também não é uma miragem realista para muitos — sobretudo num contexto de recessão que (acrèditem) durará mais cinco anos, conforme leio na minha bola-de-cristal ou de porpeta.
Suspeitamos (na verdade, desejamos) que isso-tudo fará com que muitas pessoas talentosas aventurem-se abrindo seu próprio negocio... mas sem nenhum prèparo. Some-se a isto o chamado custo-Brasil, a corrupção, a burocracia, a infraestrutura vagabunda, as barreiras culturais e ideológicas hostis ao empreendedorismo, o marxismo jeca que prèdomina nas faculdades, a economia fechada em recessão e a interferência progressiva do Estado-Babá na livre-iniciativa dos indivíduos, e teremos aí as condições meteorológicas ideais para uma tempestade perfeita.
Este blog, portanto, é uma gota no oceano virtual; e teimosamente se destina a oferecer, em linguagem despojada & excêntrica, conteúdos com viés pedagógico a estudantes que pretendam criar seu próprio negócio — como primeira ou como segunda opção.​
Nossa iniciativa não foi tomada num vácuo moral. Pelo contrário; inspira-se em valores que consideramos inegòciáveis, embora muitos deles soem "ofensivos" no contexto de hipnose coitadista em que estão mergulhados os brasileiros. Vejamos:​
Somos jihadistas intolerantes, aiatolás fanáticos e "homens-bomba" da mèritocracia. Só acrèditamos no mérito. Só respeitamos o mérito. Só o mérito funda a justa e verdadeira hierarquia entre os homens. Só o mérito enraba & derruba hierarquias forjadas no mármore do prèconceito, do nascimento, do nepotismo, do populismo, do coitadismo, do vìtimismo, do paternalismo, do apadrinhamento, do aparelhamento, da prèvaricação, da ìndicação, da interproteção semimàfiosa, das fraudes óbvias em concursos & seleções, do compadrio, da assòciação subterrânea, do esfrega-esfrega narcísico, do conluio partidário ou ideológico e dos coletivos de minorias choronas, autoritárias & barulhentas.
A mèritocracia está ligada a outro valor que defendemos com intransigência: o livre acesso aos talentos.
Acrèditamos — acrèditamos é o cacete; temos certeza absoluta, pois comprovamos isso todos os dias — que a gènialidade vem dos lugares mais inusitados, tem as fontes mais aleatórias. O gênio humano tem a grata mania de ignorar solenemente todas as diferenças de idade, de sexo, de etnia, de nacionalidade, se sexualidade, de procedência, de classe social, de condição física e mental, de situação econômica, de gosto político e de posição erótica.
Aliás, não acrèditamos no mito bocó e autoritário da inteligência coletiva. Tudo o que de bom ou de ruim foi produzido pelas civilizações foi obra de indivíduos, atuando além e acima das cabecinhas da coletividade ruminante e, muitas vezes, apesar dela e contra ela. Portanto, somos indivìdualistas em matéria de confissão ideológica. Indivìdualistas sim, mas não egoístas ou autistas.
O empreendedorismo é um subproduto da mèritocracia. É a decisão de viver às custas do próprio mérito; é o desejo de ser reconhecido financeiramente e simbòlicamente pelo próprio talento; é a busca da remuneração pelo próprio esforço — específico, inequívoco e imiscível com os esforços coletivos.
Não sabemos se o talento humano é distribuído de modo democrático; mas que ele é aleatório, é! Portanto, não apoiamos nem toleramos quaisquer discriminações entre as pessoas que não sejam fundadas no talento, no mérito prórprio e no esforço pessoal.
Acrèditamos que o indivíduo é a mais frágil e sagrada das minorias a ser protegida do mugido sinistro das coletividades, das autoridades, dos grupinhos barulhentos & truculentos e do Estado.
Não cremos, portanto, que o Estado deva se comportar como uma babá soviética de indivíduos mimados. Esperamos receber do Estado apenas garantia & proteção às nossas liberdades; e sabemos que qualquer sociedade que aceitar receber do Estado uma terceira coisa, perderá aquelas duas primeiras — e é muito bem-feito que perca! Um Estado que tem o poder de nos dar tudo, também tem o poder de nos tirar tudo — a-começar a liberdade e a dignidade com as quais nascemos.
Não-menos importante é liberdade de pensamento e de expressão — fanática, irrestrita, ofensiva, imoderada, iconoclasta, extrema. Liberdade da língua cheia de músculos. Liberdade da boca cheia de dentes. Liberdade da garganta cheira de nojo.
O empreendedorismo é a autorrealização; é a liberdade vivida na prática — liberdade de iniciativa, mas também de assumir os riscos & custos que ela acarreta; liberdade de comércio e intercâmbio proveitoso com as demais pessoas, mas também de rejeitar acordos que nos pareçam leoninos; liberdade de contrato, mas também de assumir & respeitar, como mulheres & homens maduros, os termos do que foi contratado.
Acima do mérito, portanto, consideramos a liberdade individual um valor inegòciável e inalienável, a ser defendido por meios legais, ilegais, extra-legais, paralegais, pacíficos e, se preciso for, também violentos.
Vivemos num país onde calhordas suscetíveis descobriram que fazerem-se de ofendidos dá-lhes mais poder na luta assimétrica que travam contra as pessoas decentes. Vivemos num país onde os bandidos perseguem o mocinho que os chamou de bandidos, apelando para toda uma plêiade de "paladinos da sociedade" e relativistas da moral dita burguesa. Vivemos num mundo onde àqueles que se fazem de "vítimas" é permitido tudo — inclusive fazerem suas próprias vítimas, calando-as, perseguindo-as, constrangendo-as, demitindo-as e, no limite do desejo sinistro, matando-as. Vivemos numa distopia da engenharia do pensamento que atende pelo nome de "polìticamente correto". À merda com tudo-isso!
Acrèditamos na força do caráter e na férrea vontade focada.
Defendemos a privacidade, a ìntimidade e a pròpriedade.
Acrèditamos que o dinheiro é a medida dum valor que o indivíduo criou para outros indivíduos que livremente comèrciaram com ele. E acrèditamos que aquele que não for capaz de produzir valores livremente demandados pelos outros, não merece o dinheiro que tem; mas se o tem, merece inclusive perdê-lo, por meio dos mecanismos impessoais do mercado.
Acrèditamos — prèparem-se! — que o capitalismo é uma espécie de democracia direta com milhões de pequenas eleições acontecendo diàriamente, onde o dinheiro é a cédula eleitoral, as mercadorias são as propostas-de-governo, os consumidores são os eleitores e os vendedores são os càndidatos. O capitalismo é a única experiência de democracia direta que poderemos alcançar sem pagarmos o preço dum Everest de cadáveres.
Não gostamos muito de líderes. Achamos que líderes são um mal-necessário: servem apenas para inspirar outros líderes e saírem do caminho o mais depressa possível, pois todos os indivíduos têm condições de serem líderes da própria vida— a menos que sejam emàsculados por ideologias autoritárias & coletivistas: racialismo, marxismo, nazismo, socialismo, comunismo, fèminismo, fascismo, etc.
As alternativas ao empreendedorismo são o ostracismo ou a relação com o Estado e seus "empresários campeões". Mas para o Estado, só existem quatro categorias de indivíduos: 1) opositores a eliminar, 2) funcionários a enriquecer, 3) contribuintes a escalpelar e 4) dependentes a chantagear. Nenhuma relação do cidadão com o Estado é livre; e aquele que mais acrèdita se beneficiar do Estado é, na realidade, seu escravo mais dócil.
Acrèditamos no prazer do trabalho quando livremente escolhido e exercido dentro da vocação. Mas não somos hedonistas chorões: sabemos que coisas repetitivas e desagradáveis também precisam ser feitas para o bem dos outros.
Por isso, o empreendedorismo também é uma ética — baseia-se na disciplina e no emprenho voltado a criar benefícios e ùtilizades destinadas aos outros, que inclusive são livres para dizerem não! àquilo que lhes for oferecido.
Portanto, embora isso pareça estranho, o empreendedorismo também é uma teoria social: baseia-se numa dinâmica de relações voluntárias, construtivas, produtivas e responsáveis entre indivíduos — que não precisam duma coletividade barulhenta e hidrofóbica para representá-los; que não precisam do Estado-Babá para limpar suas cacas; e que não precisam de intermèdiários para defendê-los das cobras do Éden.
Por fim, não somos uma seita; não somos um partido; não somos uma religião; não somos um sìndicato; não somos uma òrganização; não somos uma coletividade — até-porque rechaçamos enfàticamente a simples noção de coletividade.
Somos indivíduos, mas não estamos sòzinhos.
Nada temos a perder senão nossa flàcidez moral.
Portanto: empreendedores de todo o mundo, levantem-se!

Contato direto pelo e-mail:

© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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