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CAPÍTULO 6: EMPREENDEDORES POR NECESSIDADE OU OPORTUNIDADE

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 14 de set. de 2015
  • 3 min de leitura

Se a vida lhe der uma limonada, cuidado: pode ser um limão!


Olá, crianças! Na semana passada, eu lhes propus a seguinte enquete marota: Nas atuais condições da economia, se você abrisse seu próprio negócio, você procuraria: a) Fazer algo diferente de tudo o que já existe no mercado, mesmo correndo riscos; b) Fazer o que o mercado demanda, seja lá o que o mercado realmente demande; c) Fazer o que eu já vinha fazendo no emprego, porque é isto o que sei fazer melhor; d) Fazer só o que eu gostar muito, porque já bastava os sapos que eu engolia no emprego e e) Fazer algo que me dê dinheiro, porque não sei até quando essa crise vai durar. Aqui vão os resultados. Apesar da amostra ser bem pequena, concluímos que dos oito respondentes, 50% optaram pela alternativa e: empreender para ganhar dinheiro, devido à atual crise. E os outros 50% distribuíram-se entre as opções a e b: ambas versavam sobre satisfazer as demandas do mercado. Estas opções têm nomes; elas correspondem à tipologia do empreendedor. Eis o que pretendo tratar nesta postagem.


A bibliografia sobre o tema consagrou a existência de dois tipos de empreendedores: os que empreendem por necessidade, ou seja, os que abrem o próprio negócio como alternativa ao desemprego ou complemento à renda pessoal e familiar; e os que empreendem por oportunidade, ou seja, os que reconheceram uma lacuna ou nicho no mercado e, por meio dum planejamento estratégico, marketing e inovações, desejam satisfazer tais demandas represadas, oferecendo novos produtos, processos ou serviços. Considera-se ainda que o empreendedorismo por oportunidade é mais saudável e promissor que o empreendedorismo por necessidade, uma vez que, neste último caso, a abertura da empresa não costuma ser antecedida por um planejamento ou por estudos sobre a viabilidade financeira e técnica do negócio. Exposto a tantos riscos ocultos, fràgilizado pela prècondição econômica e sem as hàbilidades gerenciais, o empreendedor por necessidade costuma engrossar as estatísticas de falência.


A pesquisa mais recente realizada pelo GEM em 2014 (link no blog) apontou que 71% dos empresários brasileiros empreendem por oportunidade, ao passo que os outros 29% empreendem por necessidade. Tais números são auspìciosos, uma vez que a mesma pesquisa, feita em 2002, chegou aos seguintes resultados: 42% por oportunidade e 58% por necessidade. Por um lado, isto significa um acréscimo de qualificação e planejamento do pequeno empresário brasileiro. Por outro lado, acredito que esta pesquisa de 2014, feita com dados de 2013, ainda não captou os sinais da crise atual. Infelizmente, um dos efeitos das crises é baixar a média de qualificação dos empreendedores (predomínio da necessidade) e diminuir a capacidade de sustentação e a qualidade dos negócios abertos, uma vez que, com o objetivo urgente de ganhar dinheiro, muitas pessoas ingressam em mercados sem conhecê-los bem e sem antecipar todas as variáveis envolvidas: impostos, burocracia, clientes, demanda, legislação, concorrência, fornecedores, etc (mapeamento das oportunidades). A necessidade é a mãe da invenção, mas é a madrasta do planejamento.


Eu não ficaria surpreso, portanto, se a crise atual alterasse os valores das próximas pesquisas do GEM. O que o empreendedor universitário tem a seu favor, porém, é o tempo do curso, durante o qual ele poderá se preparar (econòmicamente e intelectualmente) para empreender. E aqui vão alguma dicas: 1) Use a faculdade ou a empresa em que você estagia hoje como uma espécie de casulo, dentro do qual você poderá incubar suas idéias de negócio. 2) Uma faculdade não serve apenas para você aprender conteúdos; serve também para "aprender pessoas": faça o máximo possível de contatos. Seu colega de classe poderá ser seu futuro sócio ou cliente. 3) Consulte seus professores & orientadores sobre a viabilidade de transformar seu chato e inerte TCC num plano de negócios imbatível. 4) Não durma no ponto: sugue ao máximo seus mestres e aprenda muito bem aquelas matérias cujo conteúdo será imprescindível para seu empreendimento. 5) Estabeleça para si-mesmo pequenos pacotes de trabalho, quer dizer, metas curtas que você poderá cumprir já! 6) Trace um plano de carreira que preveja a possibilidade de você se transformar num empreendedor. Boa sorte e força-na-peruca!


Até-mais-ver!


¿QUEM É JOHN GALT?


Evolução dos tipos de empreendedores (oportunidade e necessidade), conforme pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor.

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© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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