DÉCIMA-OITAVA LEI DE NILSON
- Fernando Rogério Jardim
- 30 de jun. de 2017
- 1 min de leitura

HIPÓTESE DE ANTHONY. ¿Vocês já ouviram o ditado “para quem tem cabeça de martelo, tudo é prego”? Pois também tem aquele ditado que diz: “o uso do cachimbo deixa a boca torta” – a-menos que você tenha sofrido um derrame cèrebral, e fique com a boca torta do mesmo jeito. (Pausa para a risada de humor negro). Uma derivação dessa lei é aquilo que o consultor de inovação Scott Anthony chama, bizarramentre, de “sonante sucção do negócio principal.” Isso é o que cria dificuldades para que as firmas grandes inovem.
A Lei de Anthony diz que, quando uma empresa se especializa muito num ramo (produto, serviço ou solução), todas as iniciativas posteriores de expansão ou inovação que ela implementar, acabarão sendo deformadas pelo histórico ou estrutura da empresa, adquirindo uma semelhança perturbadora com aquilo que ela já fazia. Noutras palavras, o negócio principal da empresa cria, para ela, uma dependência-de-trajetória que a impede de pensar “fora da caixa” e aproveitar oportunidades ou antever ameaças em mercados vizinhos.
Todas as empresas precisam de foco! foco! foco! E a-menos que você seja a Yamaha (que produz de motos a teclados) ou a Mitsubishi (que produz de automóveis a televisores), é recomendável que você sossegue essa pitomba e se concentre naquilo que faz bem. Entretanto, um excesso de zelo pelo seu negócio principal pode fazer com que você perca minas de ouro. Exemplos: a Microsoft tinha todas as condições de criar o Google, mas perdeu o bonde. A Blockbuster teve a chance de comprar a Netflix, mas perdeu, playboy!
Tomem tenência!
Dr. Nilson da Costa Quente, abalizado causídico.
Comentarios