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CAPÍTULO 1: ¿COMO VOCÊ DESEJARIA SER LEMBRADO EM SEU FUNERAL?

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 10 de ago. de 2015
  • 2 min de leitura

Imagine o que as pessoas dirão diante do seu patético cadáver.


Proponho-lhe, leitor, um exercício fúnebre & macabro. Imagine o seguinte: você morreu. Viva! Seus parentes, amigos, colegas-de-trabalho, amantes, vizinhos, as crianças bastardas que você pôs no mundo, as pessoas a quem você devia dinheiro — estão todos reunidos ao redor do seu caixão cafona. Eles dizem coisas. ¿O que eles falam entre si? Eis algo interessante de se imaginar. ¿Quem nunca pensou em ser um fantasma muito-doido e bisbilhotar o luto falso daqueles que você acreditava que o admiravam? Eu sim. A questão que eu coloco aqui é: ¿o que você deseja que as pessoas digam sobre você em seu funeral?


Calma: isto aqui ainda é um blog sobre empreendedorismo universitário e gestão da inovação. Estou lhe propondo este exercício porque a resposta à pergunta — ¿como você desejaria ser lembrado após a morte? — revelará qual é seu verdadeiro propósito de carreira e de negócio. Vejam: estou partindo duma questão existèncial, ontológica e derivando dela algo bem terra-terra: carreira e negócios. ¿Quem é você? ¿O que você faria com pleno prazer até o fim dos seus dias? ¿Do que você é capaz? ¿Aonde você quer chegar? ¿O que o faz esquecer o sono, a fome, o medo, o desconforto e o desespero? ¿Contra quem ou contra o quê você luta?


Eu sei que uma multidão de charlatães de auto-ajuda deturparam bastante a importância dessas questões. Mas creia: os empreendedores bem-sucedidos fazem aquilo que amam. O dinheiro que eles ganham é a conseqüência inescapável do entusiasmo com o qual contagiam seus parceiros, com o qual convencem seus clientes e sócios, com o qual propagam seus produtos e — principalmente — com o qual se consolam nos dias difíceis do saldo negativo. Você e eu fomos criados numa cultura de maquiavelismo profissional, que nos ensinou a suportar com cinismo rotinas idiotas e patrões cretinos — desde que isto pagasse nossas contas de cartão-de-crédito. Que triste!


"Trabalhe no que lhe der dinheiro!" — disseram-nos. Beleza! Contudo, não-raro, eu vejo alunos massacrados pelo arrependimento, arrastando cursos que detestam e profissões que desprezam, sacrificando seus talentos e vocações no altar da conformidade profissional resumida naquele conselho ali, com a esperança de servirem (talvez) de figurantes à cenografia dos sonhos alheios. Eu não sou uma pessoa religiosa. Por isto, tenho uma visão bem peculiar do Juízo Final. Acredito que nele, confrontado pelo tribunal do seu próprio destino, o juiz vai lhe perguntar assim: "¿onde foi que você sepultou seus propósitos, seu bosta?"


Resumindo: empreendedorismo não é promessa de enriquecimento. Se você quiser dinheiro fácil e rápido, há partidos políticos e/ou organizações criminosas que poderão resolver seu problema com o dinheiro. Na melhor das hipóteses, especule na bolsa ou vire usurário. Empreendedorismo não tem a-ver com isto; tem a-ver com realização do propósito, dilatação do potencial, assunção de alguns riscos, execução do talento e da vocação. A motivação do empreendedor — acreditem! — é mais psicológica que econômica. Tem mais a-ver com o Ego que com o Real. Nas próximas postagens, darei algumas dicas para você localizar onde mora seu propósito.


Até-mais-ver!


ALIÁS, ¿QUEM É JOHN GALT?

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© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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