CAPÍTULO 2: ENCONTRE SEU PROPÓSITO NA VIDA IMAGINANDO-SE MORTO
- Fernando Rogério Jardim
- 17 de ago. de 2015
- 3 min de leitura
¿Que altas fofocas rolarão a seu respeito durante seu enterro?

Olá, crianças! Muitas pessoas têm a intenção de abrir o próprio negócio, mas empacam nos fundamentos dele. Dentre esses princípios para empreender, o mais básico diz respeito a encontrar o conceito inovador, a idéia gènial, o negócio dos sonhos, o mercado promissor, etc. Em poucas palavras, as dúvidas mais comuns são: ¿Que devo fazer? ¿Que tipo de produto ou serviço devo oferecer? ¿Com quem devo contar?
O objetivo desde blog, diferente dos demais, que são feitos para empreendedores que já estão com o bonde andando, é acompanhar o empreendedor ingressante desde o início — começando pelo seu autoconhecimento, pela prospecção das suas preferências e necessidades, deficiências e habilidades. A postagem anterior, esta e as próximas serão dedicadas a orientá-lo para esta pergunta: ¿que negócio abrir?
Antes de mais nada, para que você não caia em ilusões tolas como ficar rico antes dos trinta criando um aplicativo fantástico ou uma nova rede social, o titio aqui vai situá-lo no universo das startups e, para tal, vai esmagar algumas doces ilusões que você decerto já acalentou. ¿Vai doer? Sim! Mas prometo que vou curá-lo da "síndrome dos olhos brilhantes" — uma doença que freqüentemente ataca os empreendedores.
Vamos então começar com uma coisa bem simples. Você precisa saber definir e diferir o que você gosta de fazer, o que você faz bem, o que o mundo precisa e o que pagará suas contas. Aquele negócio lucrativo que você quer criar está nalgum ponto de intersecção entre esses quadrantes. Preste muita atenção nos tópicos a seguir e tente reconhecer que atividades do seu dia-a-dia enquadrar-se-iam em cada caso.
1 - O hobbie. Se você é bom fazendo algo e, ao mesmo-tempo, adora fazer essa coisa, esse é seu hobbie, seu passa-tempo. Se o mundo não precisar dele e se ele não lhe trouxer dinheiro, sinto muito: seu propósito de negócio não estará aí. Esse passa-tempo será um ótimo anestésico e relaxante para aqueles dias de estresse, ou para aqueles momentos em que você se presentear com uma pausa.
2- A profissão. Agora, se você faz bem algo e ainda ganha dinheiro com isso, parabéns: essa é sua profissão. O termo 'profissão' denota algo mais efêmero que 'trabalho'. Trabalho sempre existirá: ainda que tudo seja feito por robôs, alguém precisará trabalhar fazendo os robôs, certo? Profissões, contudo, vivem sumindo sem deixar vestígios ou saudades, quando não são mais lucrativas.
3- O trabalho. Se você ganha dinheiro com algo que o mundo precisa, bom... enquanto o mundo não conseguir isso de-graça, esse será seu trabalho. Nem-sempre você fará isso encaixado dum emprego formal, com expediente e hierarquia. É provável que você nem queira fazer disso sua carreira, porque o ruim do trabalho é que, não gostando nem sendo bom nele, você o verá como uma tortura.
4- A missão. Por outro lado, se você ama fazer algo que o mundo também precisa, mesmo que ninguém lhe remunere por isso e mesmo que você não reúna as qualificações necessárias; e se você ainda sentir que o melhor pagamento pela sua dedicação é a satisfação pelo dever cumprido, então, essa é a sua missão. Enquadram-se aí todos os trabalhos voluntários, caritativos e assistènciais.
5- O propósito. Por fim, quando você tem a sorte de reunir no mesmo quadrante uma atividade que gosta de fazer, na qual você é bom, que lhe dá dinheiro e que o mundo precisa... bom, eu chamo isso de bênção; mas também será seu propósito. Nesse quadrante encontram-se os empreendedores mais bem-sucedidos, as pessoas mais ànimadas, os negócios mais rentáveis... e as vidas mais plenas.
¿Vocês se lembram do exercício macabro que eu lhes propus na última mensagem? Pois bem: agora liguem as pontas: os negócios de sucesso encontram-se no quadrante do propósito; você só conhece seu propósito quando descobre quem você é; e uma das formas de se saber disso é pensando em sua vida como um enredo já fechado, uma história concluída, enfim, como se você já estivesse morto.
Isso não é auto-ajuda, crianças! Vocês verão, nas próximas mensagens, onde eu quero chegar com esse trololó esotérico. Por ora, peço-lhes o seguinte: muitas pessoas vivem por acaso e apenas existem. Os empreendedores não; eles vivem de propósito — no duplo sentido do termo. As coisas que dirão sobre eles em seus velórios foram as coisas que eles realmente buscaram fazer a vida toda.
Até-mais-ver!
¿JOHN GALT ESTÁ VIVO?

Diagrama vocacional com o quadrante do propósito.
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