DESAFIOZINHO 14
- Fernando Rogério Jardim
- 22 de jan. de 2016
- 3 min de leitura
Olá, esperanças natimortas! No momento em que eu escrevo este desafio, o desafiozinho estratégico da semana passada — o referente à promoção — continua sem resposta. ¿O que há, ó homens-maciota & mulheres-preguiça? ¿O método Paulo Freire derreteu os neurônios anoréxicos de vosmecês? ¿Ninguém é capaz de resolver um simples enigma de gestão para receber de-graça um livro em-casa? Tudo bem! Mas eu sou brasileiro e não desisto nunca! — porque desistir dá muito trabalho; e eu prefiro fingir que sou persistente.
Na ferramenta estratégica que postei aqui ontem, falamos sobre timing, que vem-a-ser a percepção de oportunidade, o momento perfeito para se ingressar num negócio, para se lançar um produto ou serviço. Pois muito que ótimo! Eu mostrei o diagrama de Guillebeau, que representa a curva de complexidade ascendente-descendente duma tecnologia e a curva de valor do produto ou serviço criado a-partir dela — também com sua onda ascendente e descendente. Tratam-se, claro, de estimativas representadas gràficamente.
Falamos que o melhor timing para o ingresso num negócio é quando se verifica, dum lado, que a tecnologia envolvida já foi domesticada (um ponto após o ápice) e, do outro lado, a demanda pelo valor que ela cria está em ascensão (um ponto antes do ápice). Porque há dois perigos em se investir numa inovação: entrar cedo demais na festa e ter de encher as bechigas; e entrar tarde demais na festa e agüentar o tiozão bêbado. O desafio de hoje será sobre isso. Considerem, então, três personagens maravilhosos e suas inovações estupefatas.
1. Ricardo lançou há três meses um site de compras virtuais voltado ao público GLBT. Ele percebeu que pessoas sem filhos têm um poder-de-compra elevado que, aliado a gostos refinados, são um mercadinho consumidor interessante. Contudo, Ricardo anda meio aperreado com a complexidade e mùltiplicidade dos meios de pagamento on-line. Ele também percebeu que não está sòzinho no mercado; e tem de disputar a-unhadas cada novo cliente. O tráfego do seu site, embora intenso, deu uma estagnada ùltimamente.
2. Priscila abriu, na semana passada, um food-truck voltado a servir lanches rápidos com sabores exóticos a executivos e universitários. Ela desenvolve suas receitas num laboratório (cozinha) experimental que instalou na própria perua. Embora conte com um cardápio vàriado, a montagem dos lanches é meio taylorista e não demanda muito trabalho. O problema é que Priscila crê ter iniciado seu negócio num momento de "baixa" no calendário de eventos da cidade. A grande vantagem do food-truck — a mòbilidade — é subutilizada.
3. Marcela desenvolveu um software voltado à captação de clientes para clínicas de psicologia. Como assídua freqüentadora de clínicas de rehàbilitação, Marcela percebeu que há aí um mercado a se explorar. Digamos que ela tenha criado uma versão muito simples e intuitiva de sistema CRM (gestão de clientes). O problema é que todas as vezes que Marcela tenta explicar seu conceito de negócio aos psicólogos (seus clientes potènciais), eles não entendem bulhufas do que ela fala e ainda acham que ela precisa retomar o tratamento.
¿Entenderam? Pois muito que ótimo! 1) Com base nas informações dos personagens, analise as imagens abaixo e correlacione corretamente os três diagramas com os três timings dos negócios de Ricardo, Priscila e Marcela. 2) Em seguida, imagine que você é um consultor caríssimo e picareta contratado por eles. ¿Que conselhos você dar-lhes-ia para melhorarem ou aproveitaeem melhor os timings dos seus negócios? Vejam, crianças, há um livro esperando pelo intrépido respondente do desafio anterior. ¿Mas que tal este?
Eu desafio o próprio demônioa responder isso! Que comecem os jogos!
Três diagramas de timing de Guillebeau.
Comments