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POSTAGEM-RELÂMPAGO 10

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 27 de out. de 2015
  • 2 min de leitura

1- Tributos. Todo-mundo sabe de-cor & sapateado o-quanto a carga tributária, a burocracia soviética & kafkiana, a infraestrutura desavergonhada e a corrupção homérica deste país atravancam as inovações tecnológicas, a produtividade e o empreendedorismo. Ok. Mas... ¿e quanto aos obstáculos humanos e culturais que, dentro de nossas mentes, atravancam-nos com igual ou maior apelo? Eis o que veremos nesta listinha.

2- A cultura do padrinho. Há um famoso prêmio de publicidade e propaganda cujo lema é: "nada substitui o talento". Quem dera! Nessas terras, gênios podem passar a vida inteirinha na penumbra do ostracismo porque não encontraram um poderosinho que os apadrinhasse. A cultura do padrinho refuga e ignora pessoas talentosas e guinda às alturas (exemplo: presidência) pessoas incapazes de puxar uma carroça de esterco.


3- A tolerância com a incompetência. Admitamos: além do futebol, há outros dois esportes nacionais muitíssimo populares entre nós: 1) o tiro-ao-alvo no próprio pé e 2) o arremesso de desculpas a-distância. Nós padecemos duma mole tolerância à incompetência, ao corpo-mole, à procrastinação e às espertezas sucedâneas. Aqui, o que nos causa espanto é sermos bem-atendidos e recebermos exatamente aquilo pelo que pagamos.


4- A prática da reserva de mercado. Imagine o seguinte: você inventa um aplicativo que é uma belezura e irá facilitar a vida de milhões de pessoas. Que maravilha, né? Porém, já no dia seguinte, as hordas das trevas, lideradas pelo asqueroso Lord Zogan, começam a atacar sua cidadela da inovação. Então você só terá as seguintes opções: Jabaquara, Guarulhos, Cumbica e Viracopos. ¿Entenderam a alegoria e a metáfora?


5- A vegetação luxuriante de sìndicatos, conselhos, ordens disso & ordens daquilo. O Brasil ainda vive numa espécie de Idade Média corporativa, na qual vagabundinhos incompetentes e desqualificadas — cujas únicas competências e qualificações resumem-se a subir-na-vida sem nenhuma competência ou qualificação — unem-se para cagar-regras e dificultar o trabalho de pessoas decentes e produtivas.


6- A idolatria ao bezerro-diploma. Uma das maiores vantagens da educação empreendedora é a possibilidade de mostrar ao aluno a real e vital aplicação prática das coisas que ele vê na sala-de-aula. Porém, salvo disposições em contrário, o estudante brasileiro deseja sair da faculdade tão boçal e inepto quanto entrou, mas com um diploma que certificará substitutivamente um conhecimento que ele não tem e não quer ter.


7- A idolatria ao bezerro-concurso. O brasileiro é um homem de fé! E uma das crenças mais malucas do brasileiro é achar que todos podem "trabalhar" para o "governo" com altos salários, e ninguém precisará pagar por essa conta. É o que eu chamo de "paradoxo do barnabé". O governo não produz nada além de leis estapafúrdias, roubalheira e burocracia. Mas todos querem trabalhar para esse vasto latifúndio cèrebral!


8- A política de quotas para otários. Eu tenho uma tese: todos os dias, o brasileiro entra pelo-menos duas vezes na fila do vale-otário. Somos tungados pelo governo, por minorias barulhentas de vagabundos, por coitadinhos-espertalhões, por juros de agiota, por telefônicas e banqueiros salafrários... Isto é até normal. O anormal é ficarmos calados. ¿Será que alguém já precificou nossa disposição para ser idiota?


Até-mais-ver!

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© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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