POSTAGEM-RELÂMPAGO 4
- Fernando Rogério Jardim
- 15 de set. de 2015
- 2 min de leitura

1- Eu não estou aqui para enganá-lo com unicórnios & duendes (embora eu já tenha visto ambos). Os gurus vão lhe entoar mil cânticos a-respeito das vantagens de se formalizar um negócio desde o início. Afinal, o governo precisará sempre dum novo estoque de otá..., quer dizer, de empresários entrantes para poder sugar.
2- Claro que há vantagens na formalização duma empresa. Uma delas é a possibilidade de você se tornar um fornecedor para o próprio governo — o que certamente lhe trará um belo volume de vendas e um ganho-de-escala nada desprezível; é claro, desde que você seja capaz de satisfazê-lo e vencer uns editais marotos.
3- Mas uma formalização apressada do seu negócio poderá enredá-lo em constrangimentos burocráticos, tributários, trabalhistas e contábeis que serão fatais no início da sua empresa. Para começo de conversa, a formalização vai colocá-lo nas mãos de advogados & contadores e, depois, nas garras do governo.
4- Portanto, ao abrir seu novo negócio, tente permanecer na informalidade o máximo de tempo que você conseguir. Assim que sua empresa passar pelo radar do Estado, ele tentará tosquiá-la com impostos egípcios e papelório soviético até que você morra ou peça-arrego. Pequenas empresas, grandes impostos!
5- Informalidade não é ilegalidade. Aliás, atuar como informal, muitas vezes, é a única saída para que sua empresa iniciante sobreviva aos fatídicos três primeiros anos. Portanto, crie vínculos estreitos de confiança e excelência com seus clientes diretos e parceiros próximos. Ofereça-lhes crèdibilidade e não documentos.
6- Crie uma boa rede de relacionamentos, comprometa seus fornecedores, consiga clientes por indicação, busque ser recomendado por oferecer serviços impecáveis, resolva problemas extras dos seus clientes, mime-os até o enjôo! Estas são formas de se inspirar confiança no mercado e construir reputação sem formalização.
7- O Estado brasileiro sempre foi uma sanguessuga com anabolizantes. Porém, nas mãos do PT, ele se transformou num tumor maligno que vai comê-lo por dentro! Você não vai querer trabalhar como um escravo e apostar todas as suas fichas numa empresa que servirá, depois, de butim para piratas e ladrões. ¿Vai? Não, não vai.
8- Antes da decisão de se formalizar, 1) calcule se seu fluxo-de-caixa suportará os impostos envolvidos; 2) estude o melhor arranjo societário para sua empresa, baseando-se na quantidade de funcionários, sócios e lucro e 3) escolha o arranjo que lhe trouxer a menor carga tributária (você poderá mudá-lo depois).
9- Muitas vezes, o funcionamento do seu estabelecimento envolverá a aquisição de licenças. alvarás, vistorias, fiscalizações, autorizações, certificações, normas técnicas, protocolos de segurança e outros documentos para cujo acesso será imprescindível a formalização prévia da empresa. Faça isso! Não brinque com as leis!
10- Geralmente, sua formalização exigirá: 1) inscrição na Junta Comèrcial ou no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas; 2) inscrição na Receita Federal (para o CNPJ); 3) inscrição estadual na Secretaria da Fazenda (para o ICMS); 4) pedido de alvará na prefeitura e 5) cadastro na Previdência Social. Isso só para começar.
11- Tratarei, em momento oportuno, dos detalhes burocráticos da abertura duma empresa aqui na República de Pindorama. O SEBRAE oferece orientações mais detalhadas sobre a documentação exigida e o caminho-das-pedras para a formalização das pequenas empresas. Vejam o link no canto esquerdo do blog (línks úteis).
Até-mais-ver!
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