DESAFIOZINHO 20

Olá, ó cinco ou seis (talvez quatro) leitores do Start-Aspas! Ontem, pela primeira vez desde o nascimento deste blog, em 13 de outubro de 2015, eu atrasei uma atualização: era um desafiozinho. O problema é que, desde o nascimento deste autor, em 13 de outubro de 1979, eu nunca senti tanta satisfação em ser brasileiro. Por conta disso, passei a primeira metade do dia – reservada às postagens – comemorando a derrocada dos quadrilheiros. Como a segunda metade do dia eu passei dando aulas (pois não dependo do governo nem sou sustentado por delinqüentes ou minorias raivosas), perdi o bonde do texto. Desculpai-me, meritíssimos! Recupero agora o atraso.

Na quinta-feira passada, eu lhes mostrei aqui mais uma ferramenta estratégica que compõe o pacote do oceano azul de Kim Chan e Mauborgne. No caso, tratava-se duma matriz para avaliação da experiência dos clientes com um produto ou serviço – o próprio ou o alheio. Trata-se a ferramenta duma excelente orientadora para um benchmarking turbinado. O quadro sinóptico resume as seis fases da experiência do cliente com alguma mercadoria; e os seis critérios tácitos usados por eles para expressar o que acharam. Com isto, consegue-se prospectar quais são os pontos fortes & frágeis das ofertas da concorrência e as necessidades não-verbalizadas dos clientes atuais e futuros.

Se o objetivo é criar um oceano azul, afastando-se dos segmentos-de-mercado congestionados e competitivos, rumo a mares mais tranqüilos, a meta aqui é tentar preencher as lacunas do mercado mostradas pelas pontuações, oferecendo então experiências que os concorrentes andam negligènciando, mas que os não-clientes estão exigindo. Expliquei-lhes como se faz isso. Primeiro, procede-se uma investigação (benchmarking) das práticas e ofertas da concorrência. Atribuem-se pontos de 1 a 5 às experiências que você teve com esses produtos ou serviços. Em seguida, somam-se os pontos, as colunas e o total geral. Por fim, procuram-se lacunas a preencher com inovações. Ok?

Pois muito que ótimo! Considerem então as matrizes abaixo. Elas se referem a dois foodtrucks (caminhões ou ùtilitários: convertidos em lanchonetes): uma espécie de carrinho de hot-dog com anabolizantes e sem estafilococos. Após aventurar-se pesquisando o que esses dois concorrentes andam oferecendo, você lhes atribuiu pontos para cada item. ¿Por quê? Por que você – seu Sherlock de araque – pretende abrir seu próprio foodtruck, mas não quer bater-de-frente com os concorrentes estabelecidos. Não porque bater-de-frente seja tiro, porrada e bomba, mas porque seu negócio incógnito e iniciante teria mais chances de crescer & aparecer se se diferenciasse logo de-cara da concorrência.

Beleza! O desafio é o seguinte. Observando as matrizes abaixo e supondo que se tratem ambas de foodtrucks de paletas mexicanas, responda às seguintes questões: 1) Considerando as pontuações totalizadas, ¿qual é o concorrente mais competitivo: as Paletas Pepe Cabrón ou as Paletas Pancho Mendoza? 2) ¿Quais são os pontos fortes e os pontos fracos desses negócios? 3) Considerando o objetivo do oceano azul, ¿que atributos da experiência do cliente você reduziria, aumentaria, eliminaria ou inventaria? 4) Se você fosse se inserir no sovaco desse mercado, ¿o que você faria para se diferenciar radicalmente da concorrência, tornando-a irrelevante? Continua no próximo parágrafo (TOC).

5) ¿Em que as experiência esses foodtrucks são mais parecidos e mais diferentes? 6) ¿O que corresponderiam aos suprimentos e à manutenção no caso dum foodtruck de sorvetes? Noutras palavras, se você tivesse de oferecer essas experiências aos consumidores, ¿o que você criaria como inovação? 7) Do ponto-de-vista da proposta de valor ao cliente, ¿qual dos dois negócios é o mais enxuto, quer dizer, qual deles oferece mais por menos? Justifique suas respostas. Ufa! ¿Entenderam as perguntas? Vão pensando aí nas respostas. Se por um acaso vocês ouvirem algum barulho, pode ser Dilma caindo, a Polícia Federal chegando ou a nossa dignidade tendo orgasmos. Nossa bandeira nunca será vermelha!

Até-mais-viver!

#Desafiozinho #Startups #Empreendedorismo