DESAFIOZINHO 26
- Fernando Rogério Jardim
- 15 de abr. de 2016
- 3 min de leitura
Olá, chocadores do amanhã! ¿Como vai esse cocoricó antecipado? Pois-muito-que-ótimo! Ontem eu mostrei aqui uma adaptação que eu fiz do model canvas — uma ferramenta famosíssima desenvolvida por Alex Osterwalder e que eu apresentarei dentro-em-breve (sosseguem essa pitomba). O princípio é o seguinte: se adicionássemos perguntinhas ao mapa do valor (quadrado) e ao mapa do cliente (círculo), poderíamos encontrar respostas que nos orientariam no relacionamento com o cliente e na busca de canais-de-venda -- que são outras duas colunas do model canvas, localizadas justamente entre a proposta de valor ao cliente e o segmento-de-mercado. Oras! E já que iremos precisar também de parcerias estratégicas (a coluna à estrema-esquerda do model canvas), seria excelente se aqueles mesmos parceiros nos ajudassem a realizar as duas tarefas citadas acima: a propaganda e a distribuição. Daí o losango que eu acrescentei no centro da imagem.
A ferramenta proposta por mim, porém, serve apenas para representar didàticamente a decisão a se tomar quanto aos cinco quesitos vitais para todo modelo-de-negócio digno desse nome: 1) ¿quê valor você vai oferecer ao mercado? 2) ¿a quem do mercado você vai oferecer esse valor? 3) ¿como você vai se comunicar e convencer esse segmento-de-mercado? 4) ¿como você vai fazer para que seu produto ou serviço chegue a essas pessoas? e 5) ¿quem você precisará interessar e convencer para lhe ajudar nisso? Este último item refere-se às parcerias. Mas cuidado: não confunda parceiros estratégicos com sócios. O sócio é a noiva com quem você vai para a cama. Os parceiros, por sua vez, são o padre, o juiz-de-paz, o pai e a mãe da noiva, todos os ex-namorados da noiva, os bastardinhos catarrentos que ela trouxe do ex-marido e, por fim, seu advogado, pois nunca se sabe quando e como a lua-de-mel terminará. ¿Entendeu?
Parece frescura, mas a falta de parceiros poderá arruinar um negócio pròmissor. Se você não conseguir costurar uma boa urdidura de interesses entre você e seus fornecedores, intermèdiários, transportadores, revendedores, investidores e até entre seus concorrentes, ah... de nada adiantarão as magníficas & zabumbadas vantagens do seu produto ou serviço: ele não se venderá sòzinho. Você poderá reduzir o preço, adicionar vantagens, inventar promoções e nada acontecerá. A palavra-mágica aqui é relacionamento. Sua inovação deve ser como uma aranha: um bicho bem preso numa teia forte & fixa de relacionamentos com pessoas e entidades relevantes. ¿E quem são esses? Ora, são todas as pessoas físicas ou jurídicas que poderão se interessar, combater, completar, empregar ou divulgar sua inovação na sociedade. São essas pessoas que deverão receber "uma proposta que eles não poderão recusar"... ou uma cabeça de cavalo na cama!
¿Entendido? Então, vamos ao desafiozinho estratégico — que, desta feita, não valerá prêmio, pois eu já estou fazendo o Bolão da Dilmãe (clique). Observe a imagem abaixo. Nela, já estão completados os espacinhos de quem é o cliente, o que ele faz, onde ele está e quanto ele quer comprar disso. Também já estão completos os espacinhos d' o que ele ganhará com isso e onde ele poderá comprar isso. ¿Daí já é possível ter uma noção de quem é o meu cliente e do que consiste o produto ou serviço que eu estou ofertando no mercado? Então, com base nesses cados, responda: 1) ¿Quê produto ou serviço é esse, afinal? 2) ¿Quê estratégia de marketing (não apenas a mensagem, mas também a multimídia) seria a mais recomendada para esse segmento? 3) ¿Qual seria o melhor canal-de-vendas para que esse produto ou serviço chegue ao cliente? e 4) ¿Quais são os parceiros estratégicos que eu deverei interessar para me ajudarem nas tarefas acima?
Bom desafio! Que a salsicha esteja convosco!

Uma inovação manjada e um cliente manjado. Encontre as parcerias.
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