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POSTAGEM-RELÂMPAGO 37

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 3 de mai. de 2016
  • 3 min de leitura

Existem alguns defeitos pessoais que poderão prèjudicar bastante seus negócios. Saiba detectá-los em você e nos outros, entenda o mal que eles podem lhe causar e esforce-se por corrigi-los. Use o empreendedorismo, afinal, como uma oportunidade para o autoconhecimento e o autoaperfeiçoamento. Mal, não lhe fará.

1- Orgulho. No início, você ignorará muitas coisas do mercado e dos processos. Muitos recursos, ou não serão disponíveis, ou lhe serão proibitivos. Como novato, você precisará de muita ajuda externa — um mentor, um parceiro ser-lhe-ão vitais. Não permita que seu orgulho seja um obstáculo à consecução dessa ajuda preciosa.

2- Inveja. Um aspecto comum entre os empreendedores bem-sucedidos é sua admiração por pioneiros heróicos. Converse com um diretor de startup. Não demorará muito para que ele lhe diga alguém que admira — geralmente, outro empreendedor. A inveja é uma espécie de fracasso defumado & desidratado. Ela é um retrovisor embaçado.

3- A inveja, de-novo. Uma das necessidades fundamentais do líder duma startup é cercar-se de pessoas mais talentosas e brilhantes que ele — atraindo-as e mantendo-as ao seu redor. Um invejoso geralmente é um péssimo líder: ele afasta ou sabota aqueles que se destacam, cria um clima tóxico na empresa e destrói a confiança e a admiração.

4- Egoísmo. Há uma profunda dimensão ética no capitalismo. As relações de mercado são voluntárias. O cliente só lhe entregará seu rico dinheirinho se se convencer de que sua proposta realmente o ajudará. Logo, quanto mais pessoas você ajudar, mais próspera será sua empresa. Nem preciso lhe dizer como o egoísmo ferra essa lógica.

5- Avareza. Quem quer rir, precisa fazer rir. Isso vale para os chantagistas e para os empreendedores. Formas modernas de marketing e vendas envolvem a criação de produtos freemium, com versões básicas gratuitas (free) e a posterior cobrança de adicionais exclusivos (premium). ¿Sua sovinice agüentará fazer isso?

6- Preguiça. Parece óbvio, mas é bom reforçar a má-notícia. Quem pensa que abrir o próprio negócio é garantia de maciota... hum... É bom você procurar um carguinho nalguma autarquia municipal aparelhada por ladravazes. No início, você terá de lidar sòzinho com tarefas táticas, operacionais e estratégicas. Então, engole o choro!

7- Ira. Empreender é fazer coisas onde não há soluções prontas. Você será, muitas vezes, o primeiro a se embrenhar no matagal. Portanto, coisas darão errado; projetos falharão; orçamentos estourarão; processos sairão do controle. A ira é uma forma de piorar as coisas e destruir o relacionamento com funcionários, clientes, parceiros, etc.

8- Tìmidez. As pequenas empresas só têm quatro grandes trunfos em relação às grandes: a àgilidade nas decisões, a pròximidade capilar com o cliente, os custos enxutos e a capacidade de chamar a atenção. Portanto, não tema ser excêntrico, exótico, berrante, esquisito. A normalidade não faz bem para os pequenos negócios.


9- Còmodismo. Eu espero que seu negócio esteja calcado naquilo que eu chamo de aperreio da moléstia, quer dizer, algo que o perturba como indivíduo e cuja solução tornou-se seu propósito existèncial, sua tara, o dogma da sua facção. Por conta disso, não há criptonita mais debilitante ao empreendedor que o còmodismo.

10- Falsidade. Seu pròpósito também servirá de combustível ao entusiasmo que, por sua vez, é o melhor anticorpo à falsidade. A falsidade tinge os negócios com cinismo, rouba a disposição à inovação, desvia o foco para pormenores desimportantes e torna a empresa pouco confiável aos clientes. Tudo vira um arranjo de plástico.

11- Desconfiança. Um dia você vai acordar, olhar para a porção de papéis sobre sua mesa e reconhecer que precisa delegar tarefas. Eu, como mineiro de pai & mãe, sei que não sou a melhor pessoa para dizer isso, mas confiar um pouco nos outros fàcilita a delegação e a negòciação, desobstrui a burocracia e poupa tempo.

12- Soberba. Empreendedores imaturos mal esperam que a startup gere seus primeiros dividendos e já começam a dilapidar seu patrimônio com ostentação, aparência e camarotes. Mas enquanto as dívidas crescem em progressão geométrica, os lucros geralmente vêm e vão em zigue-zagues. Um dia, a festa acaba. Cuide-se!


Até-mais-ver!

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