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CAIXINHA DE FERRAMENTAS 32

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 9 de jun. de 2016
  • 3 min de leitura

Olá, criaturas criativas e otários de outrora! Lembrem-se: na semana passada, eu mostrei aqui uma ferramenta estratégica elaborada pela Strategyzer chamada Cartão de Testes (clique). Tratava-se duma ferramenta para orientação de experimentos com vistas ao teste de hipóteses sobre seu produto ou serviço. Pois bem. O cartão trazia um parágrafo incompleto onde o responsável pelo experimento preencheria as informações sobre o teste em si, a hipótese, a métrica escolhida e o critério de confirmação ou impugnação. E como o cartão também permitia avaliar o grau de importância da hipótese, o grau de confiabilidade das informações, o tempo e o dinheiro necessários à realização do experimento, no final de tudo, a reunião de todos esses cartões — um para cada hipótese testada — permitiria que os diretores da startup se decidissem quanto à hipótese que deveriam priorizar.

Pois muito que ótimo! Agora chegou a hora de computar a colheita, de òrganizar as informações. E é claro: a turminha da Strategyzer também pensou nisso e criou o Cartão de Aprendizado. Ele nada-mais é que um day after do teste, quando você retorna do campo cheio de evidências que lhe permitirão confirmar ou impugnar as hipóteses sobre o valor que você deseja criar para o cliente, ou sobre como sua empresa espera lucrar com a proposta. No pior dos casos, imagine: você nem confirmou nem impugnou nada; e agora sabe que tem bastante a aprender com novos testes e, portanto, precisa reunir mais dados; precisa procurar evidências em outras partes, porque o sucesso duma startup em agradar seus clientes está diretamente relacionado à velocidade com que ela aprende sobre os gostos, manias, veadagens congênitas ou baitolagens adquiridas desse cliente.

Então vamos-que-vamos. O Cartão de Testes trazia o seguinte parágrafo: "Acrèditamos que... (hipótese). Para verificar isso, vamos... (experimento) e mensurar... (métricas). Estaremos certos (ou errados) se... (critérios)." Agora, percebam o paralelismo no cartão de aprendizado: "Acrèditávamos que... (hipótese). Observamos... (observação, indício, evidência). Com base nisso, concluímos que... (conclusões, insights, aprendizados). Portanto, vamos... (decisões, ações a tomar, iniciativas)." O processo, portanto, encerra-se com a empresa reunindo as informações, trabalhando-as e absorvendo-as para a tomada-de-decisões, que podem ser a eliminação duma funcionalidade do produto não-desejada pelos usuários, a modificação dum protocolo de atendimento, a pivòtagem do negócio para um outro segmento-de-mercado, a adoção duma nova estratégia de monetização, etc.

É bom frisar que suas hipóteses, rebatidas na realidade extramuros da empresa, poderão reagir assim: 1) Serem confirmadas. Neste caso, vá em frente! Passemos à execução! Se as informações coletadas são confiáveis; se você conseguiu confirmá-las com outros testes (entrevistas, netnografia, grupo focal, jornada do usuário, observação participante, protótipo conduzido, etc.), então, não perca tempo e vá fundo. Você acabou de cutucar gostoso o ponto 'G' do seu modelo-de-negócio. Parabéns, garotão! 2) Serem impugnadas. Maravilha! Saiba que isso também é uma ótima notícia. Significa que você está se livrando de embarcar numa roubada. A roubada em questão poderia ser um mercado ou negócio que não lhe traria lucro, uma trajetória tecnológica sem-saída e cara, um rebanho de clientes-problema, uma característica não-desejada pelo consumidor, etc.

Mas... pode ser que você caia na coluna do meio, retornando às incógnitas e precisando aprender ainda mais. Ora, sem problema! Basta refinar suas hipóteses e começar um novo teste. Aí se nota a importância de instrumentos de teste ágeis, simples e enxutos. Num ambiente de incertezas como costuma ser, por definição, o microcosmo empreendedor, a startup que debelar mais depressa suas incógnitas terá uma vantagem competitiva valiosíssima em relação às rivais. Aliás, ¿qual não é a vantagem das pequenas empresas em relação às grandes senão a possìbilidade d' as primeiras entrarem em mercados pequenas e estreitos, que não são aproveitáveis às megacorporações; e a possìbilidade d' elas tomarem decisões rápidas, com movimentos agressivos & gafanhotos, sem a burocracia, a formalidade e a polìticagem que travam as decisões das grandes dos grandes Golias?

Até-mais-ver!


Cartão de aprenzidado da Strategyzer.

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© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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