POSTAGEM-RELÂMPAGO 47
- Fernando Rogério Jardim
- 12 de jul. de 2016
- 3 min de leitura

Chegará um momento em que você precisará matèrializar suas idéias e ver como elas funcionam no mundo-das-coisas. É para isso que servem os protótipos. Contudo, lembre-se: é preciso começar barato e simples, errar logo no início e aprender depressa. Numa palavra: você precisa dum protótipo mínimo produto viável. Aprenda como elaborá-lo.
1- Ficha técnica. Numa única página, especifique as características da sua proposta de produto ou serviço. Faça uma lista. Ela deve ser o mais precisa e clara possível. Se você tem um pessoal técnico na startup, fale com ele. Futuramente, caso você precise eliminar ou adicionar funcionalidades na sua proposta, esta lista será a base para sua decisão.
2- Folheto de anúncio. Agora imagine aquela ficha técnica redigida em linguagem de marqueteiro, com ilustrações zabumbadas & trompeteiras, design bacana e papel nobre, para atrair a atenção dos clientes. O objetivo dessa técnica é imaginar como aquelas mesmas funcionalidades complicadas & aborrecidas serão comunicadas aos consumidores.
3- Caixa do produto. ¿Que tal avançar mais um pouco e elaborar um protótipo da embalagem do produto que você imaginou? Esse exercício é bacana porque a idéia da caixa adiciona uma terceira dimensão ao folheto-manual, e exige a síntese da lìnguagem de propaganda com as informações técnicas que também aparecem nas embalagens.
4- Manual técnico. Calma! O objetivo dessa ferramenta é meramente ilustrativa. Você não precisa dormir ou babar sobre o editor-de-texto. Imagine, porém, como seu produto ou serviço funcionará quando estiver pronto. ¿O que encaixa aonde? ¿Qual é a seqüência de procedimentos necessários à entrega e satisfação daquela demanda do cliente?
5- Storyboard. Desenhe uma seqüência de quadrinhos com a jornada do usuário. Imagine seu cliente e o insira num contexto real, de modo a que fique claro para você e sua equipe como esse cliente relacionar-se-á com sua mercadoria. Não confunda storyboard com storytelling (clique). O objetivo dessa técnica é matèrializar e contextualizar sua proposta.
6- Landing page. Trata-se duma página de Internet, descrevendo as características do seu produto ou serviço (simulado), com prèvisões de lançamento e uma chamada-para-ação, que pode ser um pedido para o visitante cadastrar seu e-mail para receber futuras notícias sobre a oferta. O objetivo da langing page é sondar e medir o interesse dos usuários.
7- Vídeo. Agora banque o vendedor estridente da Polishop e exponha em forma de vídeo as características imorredouras & miraculosas do seu produto ou serviço. Explique como ele funciona, insira-o numa situação concreta, use amigos como atores e simule usuários satisfeitos ou seqüelados. Divirta-se, porque empreender precisa ser divertido!
8- Protótipo de aprendizagem. Como o próprio nome sugere, esse protóitipo terá todas as características indispensáveis do bem final, mas seu objetivo será apenas didático. Ele deverá servir para que sua equipe aprenda com ele, antecipando as patacoadas que poderão acontecer aos clientes. Use-o, abuse dele, submeta-o às suas piores condições!
9- Protótipo do mágico-de-oz. Também conhecido como "Pepe, já tirei a vela" (clique), esse protótipo é perfeito para a simulação de aplicativos e sites. A idéia é montar um cenário que se pareça com o da proposta verdadeira. A diferença é que você estará por trás dos bastidores, simulando as reações do sistema às ações e cliques do usuário.
10- Compre uma função. Decomponha as características do seu produto ou serviço. Exiba-as para um grupo de pessoas com um perfil parecido ao dos seus clientes. Dê-lhes dinheirinho de-mentirinha. Agora pergunte a essas pessoas quanto elas pagariam por cada uma das características mencionadas. Faça as contas e descubra o que elas mais desejam.
Até-mais-ver!
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