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POSTAGEM-RELÂMPAGO 51

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 9 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

Empreendedores vivem tendo idéias. Nada contra isso. Muitíssimo pelo contrário. É típico dos empreendedores e microempresários a prospecção de novas oportunidades. Contudo, o problema da síndrome da ideação perpétua é o risco d' isso desviar o foco da empresa, descaracterizar o empreendimento e fazer com que a equipe gire que-nem uma carrapeta desgovernada, desperdiçando oportunidades.


Por isso, antes de sair por aí pondo-em-prática a primeira idéia maconheira e irresponsável que lhe vir à mente, pergunte-se ela se encaixa:

1- À estratégia como um todo. Se você tem uma visão clara de onde deseja ver sua empresa daqui a três, cinco ou dez anos, pergunte-se até que ponto a implementação desse seu novo empreendimento desviará sua trajetória, criando pontos sem retorno, custos de opção e desperdício de alternativas. Faça como os artistas plásticos: acrescente uma pincelada, afaste-se, olhe o toda a tela, avalie e continue.

Pergunte-se: ¿minha idéia é oportuna ao momento da empresa, alinha-se à nossa estratégia como-um-todo e pode substituir negócios obsoletos?

2- Ao feedback e às demandas do mercado. A-menos que você esteja dirigindo seu negócio para um novo segmento de clientes não atendido atualmente, pergunte-se sobre a capacidade d' essas novas idéias criarem mais valor (adicionando fàcilidades ou removendo dificuldades) para seus clientes atuais. Lembre-se: é mais fácil fidelizar um cliente cativo e atual do que capturar um cliente solto e novo.

Pergunte-se: ¿minha nova idéia ajudará meus clientes atuais a cumprirem atividades relevantes para eles, onde não existem soluções viáveis e onde a dor é concreta?

3- À estrutura do mercado. Cuidado: se sua inovação é tão-tão-tão inédita que você nem sabe onde encontrar os insumos necessária à fàbricação, hum... há perigos na esquina! Uma idéia muito nova tem a vantagem de colocá-lo solitário na dianteira do mercado; mas a ausência de concorrentes também significa a ausência de parceiros que o entendam e o auxiliem. Uma aranha precisa de apoios para tecer sua rede!

Pergunte-se: ¿minha idéia ajusta-se às tecnologias disponíveis e às tendências da sociedade, permitindo, ainda assim, uma boa diferenciação mercadológica?

4- Ao seu atual modelo-de-negócio. Lembre-se que um modelo-de-negócio é definido por uma hipótese de valor (o que você prètende oferecer) e uma hipótese de escala (como você prètende ganhar dinheiro). Em poucas palavras, ele define como você gera valor novo (bens) e como você captura valor extra (lucro). Ok. Agora reflita se sua nova idéia faz sentido no quadro geral da forma como sua empresa faz isso hoje.

Pergunte-se: ¿minha nova idéia ajusta-se à marca da firma, tem pontos fortes relevantes, tem pontos fracos defensáveis, abala nossa posição atual?

5- Aos seus tentáculos de captura de receitas. Toda empresa é uma máquina de produzir valor novo e de capturar valor extra. Ela faz isso oferecendo produtos & serviços no mercado, em troca dos quais cobra um preço de venda superior aos dos recursos consumidos, remunerando o empreendedor, com o lucro, pelos riscos assumidos nessa empreitada. Tão importante quanto oferecer valor é gerar lucro.

Por isso, pergunte-se: ¿como farei para ganhar dinheiro com minha nova idéia, internalizando (com lucro) seus benefícios e externalidades?

6- Às finanças da empresa. Agora vem a parte chata: orçar: dizer o quanto lhe custará essa brincadeira. Se a implantação da nova idéia extrapolar seu orçamento atual, só uma perspectiva muito interessante de retornos futuros justificará a contração dum empréstimo para pô-la em prática. Idéias novas que extrapolem o argumento da càlculadora devem esperar pelos argumentos da estratégia e da demanda.

Pergunte-se: ¿minha nova idéia é viável, ajusta-se ao orçamento e tem potèncial de crescimento superior aos projetos que toco hoje?

7- Aos recursos disponíveis. Eu sempre aconselho vocês a começarem um negócio com aquilo que têm em mãos agora. No caso de idéias novas, é preciso detalhar a dificuldade de implantação quanto aos recursos disponíveis: o tempo de pesquisa e maturação do produto, de colocação no mercado, a fàbricação e atendimento, a tecnologia envolvida, a necessidade de propaganda, os canais-de-vendas, etc.

Pergunte-se: ¿os recursos que eu tenho atualmente permitirão que eu leve essa nova idéia adiante, sem necessidade de endìvidamento?


Até-mais-ver!

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© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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