top of page

CARTAS PARA JOVENS EMPREENDEDORES 55

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 15 de jan. de 2017
  • 2 min de leitura

São Paulo, 15 de Janeiro de 2017

Prezado Adolfo,

¿Já lhe disseram que até o seu nome é nome de velho? Mas calma: eu não o considero mais velho que o moleque de vinte anos que acabou de se graduar numa faculdade genérica e agora está morando com a mamãe, decorando apostilas, estudando para virar um tiranete do Estado-Babá. Esse moleque já está morto antes de nascer – ao menos profissionalmente. Ele gerará custos sociais, ao invés de valor social. Que o demônio o estupre!


Empreender na terceira idade, como você está fazendo, será cada-vez-mais comum daqui-pra-frente. A diferença estará em como as pessoas encararão essa realidade. Elas poderão estruturar suas carreiras desde o início com vistas ao futuro negócio – o que é bom. Ou elas poderão ser pegas de surpresa por uma tecnologia disruptiva que abreviará suas carreiras, dependendo duma previdência-pirâmide de merda que as deixará desamparadas.


No seu caso, não era o ramo em quem você atuava que foi sacudido por uma inovação tenebrosa, mas sim o cargo ocupado por você. ¿Estou certo? Cargo de média gerência é uma droga, porque é a primeira camada que é limada quando a empresa adota modelos de gestão mais achatados e enxutos. Imagine então o cara que trabalha em comércio físico, em certificação, em controle de qualidade e outras áreas sacudidas por inovações...


É curioso que eu escreva tantas cartas para jovens empreendedores e não tenha notado que também temos velhos empreendedores – quem um dia já foram jovens funcionários. A população está envelhecendo, Adolfo. Você sabe: vivendo cada-vez-mais e tendo menos filhos. Além do fato óbvio d’isso gerar um baita mercado para produtos & serviços voltados à maturidade, o próprio perfil do empreendedor também envelhecerá.


Eu nem falo de como uma população envelhecida sustentará essa fraude sinistra chamada prèvidência social. A coisa menos prèvidente no Brasil de hoje é a prèvidência social. Isto posto, temos aqui cinco alternativas àqueles com mais se sessenta anos: 1) depender da caridade da família, 2) continuar no mercado-de-trabalho e ser tosado pelo Estado; 3) depender da fraude sinistra supracitada, 4) ir para a prèvidência privada e 5) empreender.


¿Preciso lhe dizer qual seria a minha escolha? Eu tenho muitos colegas que não se aposentaram ainda porque suas esposas não os agüentariam azucrinando em casa. E eles-próprios não se agüentariam sem fazer nada. Se você tem aquele benfazejo fogo-no-rabo no espírito, é inevitável que deseje ser produtivos até o último suspiro; até o doce abraço da morte o envolver e o levar para um mundo sem petistas, impostos e concurseiros.



Amém!

Fernando.

Comentários


Contato direto pelo e-mail:

© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

  • YouTube Social  Icon
  • Facebook Long Shadow
  • Twitter Long Shadow

Seus detalhes foram enviados com sucesso!

bottom of page