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POSTAGEM-RELÂMPAGO 92

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 23 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

1- O complexo do menino-bolha. Incubar é pròteger; mas pròteger também é isolar da realidade. O fundador de startup pode se sentir, enquanto estiver incubado, meio isolado do mundo externo. Ele só conhecerá aquele recorte do mercado (parceiros, fornecedores, concorrentes, clientes) que a incubadora lhe mostrar. O resto do mundo ele ignorará.


2- Depressão pós-graduação. Lembrando: graduação é o nome dado ao processo de saída da startup da incubadora. Pois bem. Acostumado às fàcilidades oferecidas pela incubadora hòspedeira, o empreendedor pode ficar com “banzo” e achar que “as águas gélidas do cálculo egoísta” (Weber) são frias demais para seu morno coraçãozinho.


3- A lente rósea. Graças aos benefícios e pròteções que recebeu da incubadora, o empreendedor pode ficar com uma visão meio rósea do mercado em que ele vai ingressar, ignorando os problemas, riscos e custos que ele enfrentará quando passar do modo-projeto para o modo-empresa. A verdade nua & crua pegá-lo-á na virada da esquina.


4- Berçário de placentas. Desculpem as palavras presadas... (desculpa é o cacete: o blog é meu e eu escrevo nele o que bem entender!)... mas algumas incuadoras, quando não conseguem preencher suas salinhas, sentem-se tentadas a reduzir seus critérios de seleção e a aprovar negócios que são claramente inviáveis – sem contar para eles.


5- Lei de Parkinson. ¿Já ouviram falar dessa lei? Ela diz que todo trabalho tende a se alongar até ocupar todo o tempo prèvisto para ele. Uma startup geralmente fica incubada durante dois ou três anos. Tendo esse prazo em mente, o empreendedor sentir-se-á tentado a empurrar seu projeto com a barriga e adiar para nunca seu lançamento.


6- Subùtilização de infraestrutura. Ninguém nega quão proveitoso & fantástico é estar num espaço de coworking que, além disso, oferece-lhe capacitação, consultorias, contatos profissionais e acesso a talentos. ¿Mas será que sua startup precisará de tudo-isso? ¿Será que você não vai se inscrever numa espécie de “clube” apenas para usar a esteira?


7- Vícios locais. Toda òrganização tem uma cultura interna, formada por seus cacoetes, memórias, etc. Incubadoras não fogem à regra. Se o empreendedor ficar muito tempo fechado ali dentro, adquirirá a cultura da incubadora como uma espécie de sotaque cèrebral. Quando ele sair, pode ser que ele descubra que o mundo aqui fora é muito diferente.


Até-mais-ver!


¿Quem é John Galt?

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© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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