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DÉCIMA-SÉTIMA LEI DE NILSON

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 31 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura


LEI DE JOBS. Um dos talentos mais valorizados num empreendedor é sua capacidade — mèdiúnica & paranormal — de ler as mentes e os corações dos seus clientes. O empreendedor é como um médium, que incorpora por empatia ou imersão os espíritos atormentados dos consumidores, que gemem num escuro umbral de necessidades insatisfeitas. (Cruz-credo! Credo-em-cruz!) Isto é o que um empreendedor bom faz: prospecta necessidades e problemas não-resolvidos. Já um empreendedor excepcional é aquele que consegue antecipar o que seus clientes ainda vão querer no futuro; ou convencê-los do que eles deveriam desejar no presente, mesmos que eles não saibam. Steve Jobs dizia que "os clientes não sabem o que querem — até você mostrar a solução para eles;" e "se Henry Ford perguntasse aos seus clientes o que eles queriam, eles diriam: queremos carroças mais rápidas."


A Lei de Jobs diz mais-ou-menos o seguinte: “embora os clientes estejam sempre certos com relação ao problema que têm, em geral estão errados quando se trata da melhor solução.” Pode acontecer também que os clientes não lhe contem qual é o verdadeiro problema que estão tentando resolver; eles apenas pedem uma solução; e pode ser que essa solução esteja errada. Citemos um exemplo. Vamos supor que seu cliente tenha um gatinho. (Gatos nos ensinam muito sobre clientes, porque ambos pensam que são Deus). Suponhamos inclusive que esse gatinho costume urinar no tapete. Eis o problema. Sabe-se-lá por que motivo, seu cliente não lhe revelará esse problema; ele apenas lhe dirá que adoraria ter um sistema de lavagem de tapetes portátil, rápido & barato. Se você, empreendedor, for na onda do seu cliente, gastará uma fábula desenvolvendo essa suposta solução — errada!


O que esse cliente realmente precisa é dum tapete cujas fibras sejam totalmente impermeáveis & bactericidas; e que exale um cheiro que seja repelente aos animais de estimação. Seu cliente estava tentando enfiar um cubo num buraco redondo. Você poderia ter-lhe vendido a prensa, o molde e a máquina de extrusão para “resolver o problema”. Ou você poderia apenas trocar o buraco. O governo certamente ofereceria a primeira “solução”, cobraria propina, aumentaria os impostos e produziria uma dezena de problemas colaterais, num prazo de, quem sabe, vinte anos. Empreendedores inteligentes ofereceriam a segunda solução: simples, rápida, barata, elegante e definitiva. ¿Vocês entendem agora, egrégios leitores, por que deveríamos privatizar tudo, botar a gestão das coisas nas mãos de empresários talentosos e mandar todos os burocratas do governo para um gulag nas selvas do Acre?



Encerrada a sessão.


Dr. Nilson da Costa Quente, abalizado causídico.

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© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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