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POSTAGEM-RELÂMPAGO 96

  • Foto do escritor: Fernando Rogério Jardim
    Fernando Rogério Jardim
  • 20 de jun. de 2017
  • 2 min de leitura

Existem bons e maus motivos para se buscar um sócio. Na maioria das vezes, as pessoas se assòciam por maus motivos: sòlidão, medo, embalo, simpatia, amizade, parentesco, dependência pscicológica ou necessidade de algum recurso que sairia muito mais barato (e sem problemas inclusos) se o empreendedor contratasse um profissional — um profissional que pudesse ser demitido.


1- Se sua empresa precisa de serviços contábeis & jurídicos (ela sempre precisa), não há motivo nenhum para você chamar um contador ou advogado para ser seu sócio. Além do tédio e do perigo óbvio de lidar com gente assim, ter um advogado ou contador como sócio significa que ele não poderá ser demitido fàcilmente se fizer merda. O que você precisa mesmo é dum consultor.


2- Às vezes o empreendedor precisa de conselhos. ¿Quem não precisa? Mas isso não é motivo para você sair por aí oferecendo sòciedade ao primeiro Mestre dos Magos que lhe aparecer pela fuça-afora. Um bom conselho vem de quem não está interessado ou comprometido com o assunto e, portanto, pode lhe dar uma análise objetiva. Você não precisa dum sócio, mas dum amigo ou cliente.


3- Eis um erro comum: chamar um sócio para que ele invista seu capital. Mas se o cara vai entrar só com o dinheiro, sem dispender trabalho nem mobilizar expertise, ¿qual a diferença entre ter um sócio e ter um patrão? E pior: um patrão do qual você não poderá se livrar tão-fàcilmente quanto um funcionário. Se seu problema é empréstimo, fale com um banco, não com um sócio.


4- No Brazil, nós podemos listar uma porção de motivos para não contratarmos funcionários: nossa legislação trabalhista, os impostos, os sìndicatos, os advogados, etc. Mas em algumas condições, um sócio poderá ser ainda pior. Se você precisar decidir as coisas depressa, com seu estilo próprio, sem negòciações ou autorizações, então, contrate um funcionário; não tenha um sócio.


5- Empreender dá um pouco de medo. Aliás, se você não sentir esse medo, ou é porque vosmecê é um irresponsável filho-da-puta ou é porque vosmecê não está se arriscando o-bastante. Nesses momentos de perrengue, é bom ter um ombro para derramar o choramingo e um ouvido para despejar o xingamento. O nome disso é psicólogo. Acrèdite: sai mais barato que um sócio.


6- Pode ser que alguns processos de fàbricação ou atendimento fujam da sua alçada. Resista à tentação de cair refém dum cara que, pela módica quantia de metade da sua empresa, vai lhe entregar um serviço de merda que você poderia ter comprado das mãos dum terceiro. O que você precisa é dum fornecedor que possa fàcilmente processar e chicotear, se preciso.


7- Responda uma coisa: ¿você é o Allen ou o Gates? ¿você é o Woz ou o Jobs? Toda startup tem alguém que é bom na execução técnica, enquanto outro cuida de ganhar dinheiro. Se você precisa de alguém que venda seu peixe, contrate um VENDEDOR e pague-o por comissão e desempenho. Não entregue sua empresa nas mãos dum sócio que poderá sair por aí gozando com seu pinto.

Até-mais-ver!


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© 2016 por Fernando Rogério Jardim © Wix

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